A Páscoa Cristã
Estimados irmãos e irmãs, estamos celebrando o Tempo Pascal dentro da Igreja, uma oportunidade para renovarmos nossa vida e nossa fé, participando plenamente no Mistério de Cristo.
Na Páscoa, celebramos não só a ressurreição de Jesus, mas também a nossa própria ressurreição. A vida nova que Cristo nos garantiu, com sua morte e ressurreição, está dentro de cada um de nós. E, por isso, somos convidados a corresponder a tão grande mistério, como nos exorta o apóstolo Paulo: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra, pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,1-3).
Com o tempo da quaresma, empreendemos um caminho de conversão e purificação nos conformando com Cristo. Fazendo morrer o homem velho do pecado para renascer o homem novo da graça. Ressuscitando com Cristo e buscando as coisas do alto que é a justiça, o amor fraterno, a paz, o perdão, a solidariedade e a generosidade de coração.
Na liturgia da noite da Páscoa, a Igreja está na escuridão, acompanhamos a entrada do Círio Pascal com o canto: “Eis a luz de Cristo”. É Cristo que entra no recinto sagrado espantando a escuridão. É Cristo que entra em nosso coração, em nossa vida, dissipando todas as trevas do rancor, dos vícios e dos pecados. Por isso Jesus afirma no evangelho de João: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. E acolhemos esta Luz que traz a vida, a esperança e a alegria do perdão, da libertação e da ressurreição. Neste refrão meditativo pedimos que esta luz de Deus possa habitar constantemente o nosso coração: “Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós”.
A Páscoa é a festa da vida. Cristo derrotou o mal. A vida venceu a morte. Com a Ressurreição aprendemos a nunca desistir e desanimar diante do sofrimento e da queda, mas levantar sempre. Ressurreição quer dizer levantar-se sempre de novo, não ficar no chão quando caímos. E cultivarmos uma viva esperança que o Ressuscitado caminha conosco, explica-nos as Escrituras, dá-nos o Pão para o alimento de nossa caminhada e arde o nosso coração com a salvação e a graça da vida nova que nos concede, nos apontando sempre novos caminhos que devemos trilhar.
Estimados membros do Apostolado da Oração, aproveitemos deste Tempo Pascal para cantar o Aleluia, a Alegria da Vida Nova instaurada por Jesus Cristo. Abandonemos o passado nas mãos de Deus, confiemos o futuro na infinita misericórdia do Senhor, vivamos o presente da nossa história como Dom para amar a Deus e os irmãos, como diz Santa Teresinha: “O único momento que temos para amar a Deus é o hoje”.
Enfim, construamos o Reino de Deus com gestos de compaixão, solidariedade e amor. Caminhemos com nossa Arquidiocese vivendo o Ano Missionário, uma Igreja em saída, samaritana, acolhedora e misericordiosa, como também nos exorta o Papa Francisco dentro deste Ano da Misericórdia. Renovemos nossa vida com a luz da Ressurreição através da oração, da Eucaristia, da Palavra de Deus e da caridade fraterna.
Pe. Osmair José Prestes
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