domingo, 3 de novembro de 2013

São João o discipulo do Amor

Evangelista,  Apóstolo


(O Discípulo que Jesus amava, Presbítero, João de Patmos)
Nascimento: +/- em  10d.C. em Betsaida, Galiléia
Morte: cerca de  103 d.C
São João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus. Além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse.
João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de existência, à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago, e em provável sociedade com André e Pedro.
As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discipulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.
Relação com Jesus
Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o Filho do Trovão e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”.
Segundo os registros do "Novo testamento", João foi o apóstolo que seguiu com Jesus, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz.
A História conta que João esteve presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora , e foi-lhe entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus. A Bíblia, segundo a interpretação protestante indicaria que Jesus não era filho único de Maria Mt 12.46; Mt 13.55 , porém seria o mais velho e por isso teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de seu pai José.
Já a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, assim como diversos lingüistas e historiadores sérios atestam que Cristo não tinha irmãos carnais pois no aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes, porém devemos lembrar que Jesus falava aramaico, mas os evangelhos, foram escritos em grego por homens que andaram com Cristo inclusive o Apostolo João, o que pode ter gerado esta confusão, no momento da tradução[1].
Mais tarde João esteve fortemente ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes. É tradição constante e ininterrupta que pregou na Ásia Menor, especialmente em Éfeso.
A Missão
Depois da morte e martírio de Tiago, João teria se dirigido à Ásia Menor, onde dirigiu a importante e influente comunidade cristã de Éfeso, fundada por Paulo anos antes. João esteve várias vezes na prisão, foi torturado e exilado para a Ilha de Patmos, por um período de cerca de quatro anos, onde teria escrito o Apocalipse até que o cruel imperador Domiciano foi assassinado e o manso imperador Nerva chegasse ao poder em Roma.
O exílio
Em Patmos, ilha no leste do Mar Egeu, local onde fez o seu exílio, João escreveu o Livro da Revelação do Apocalipse. Acredita-se que este Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual se perderam grandes partes e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera. Apenas uma parte fragmentada foi preservada. Por outro lado, alguns teólogos e exegetas afirmam que o caráter fragmentário deste livro resulta de outros dois livros de Apocalipse que foram unidos, resultando no que conhecemos hoje, sendo que um deles já estaria escrito desde o tempo de Nero. João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se dirigente das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso. Orientou o seu colaborador, Natan, na redação do chamado “evangelho segundo João”, em Éfeso, aproximadamente no ano 90 D.C. .
A morte
De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que a mesma estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava. Ele tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa.
Controvérsia
Controvérsias são suscitadas baseadas nos próprios textos bíblicos que afirmam que este discípulo não passou pela morte, segundo a interpretação de alguns. Com efeito é possível ler: Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino. (Mateus 16,28)
De outra parte está também escrito nos Evangelhos: Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: "Senhor, quem é o traidor?" Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: "E quanto a este?" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, "Jesus não dissera que tal discípulo não morreria", mas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (João 21,18-25)

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

                                                 O discipulo que Jesus amava

 
Nosso Salvador tinha grande amor pelo Apóstolo João por seu amor oferente e sua pureza de corpo e alma. Após seu chamado, o Apóstolo esteve com o Senhor em todos os momentos, e era um dos três Apóstolos mais próximos a Cristo - ele esteve presente quando Nosso Senhor ressuscitou a filha de Jairo, e foi testemunha de Sua Transfiguração no Monte Tabor.
Durante a Última Ceia, ele deitou sua cabeça no colo do Senhor, e perguntou-Lhe o nome do traidor. Após a prisão de Cristo no Jardim do Getsêmani, São João seguiu o Senhor até a corte dos sumos sacerdotes Anás e Caifás, testemunhou o interrogatório de seu Mestre e o seguiu até o Gólgota, com o coração pesaroso.
Ele permaneceu aos pés da Cruz junto com a Mãe de Jesus e o Senhor Crucificado lhes disse: “Mulher, eis aí teu filho”, recebendo-o em nome de toda a humanidade, ali representando todo o homem criatura e filho de Deus. O Senhor então lhe disse “Eis aí tua mãe” (Jo 19:26-27). Daquele momento em diante, São João, como um filho amoroso, símbolo de toda a humanidade, cuidou da Santa Virgem Maria e a serviu até sua Dormição.
Característica
Nosso Senhor deu a seu amado discípulo João e a seu irmão, Tiago, o nome de “Filhos do Trovão”, pois o trovão é um terrível mensageiro em seu poder purificador do fogo celeste. E justamente por este motivo que o Salvador destacou o caráter exaltado, ígneo e sacrificial do amor cristão, cujo principal mensageiro foi o Apóstolo João.
A águia, símbolo da sublimidade de sua teologia, seu olhar para o o transcendente, é o símbolo iconográfico do Santo Evangelista João. São João é o único dentre os Apóstolos de Cristo que recebe o epíteto “Teólogo”, pois ele foi profeta dos misteriosos Julgamentos de Deus.
São João, o Discípulo Amado
São João é sem dúvida um dos maiores santos da Igreja, merecendo o título de “o discípulo a quem Jesus amava”, que é como se denomina no Evangellho que escreveu. Junto à Cruz, recebeu do Redentor Nossa Senhora como Mãe, e com Ela - como Fonte da Sabedoria - a segurança doutrinária que lhe mereceu dos Padres da Igreja o título de "o Teólogo" por excelência.
Sabemos pelos Evangelhos que São João era filho de Zebedeu e de Maria Salomé. Com seu irmão Tiago, auxiliava o pai na pesca no lago de Genezaré. Pelos Evangelhos sabemos também que seu pai possuía alguns barcos e empregados que trabalhavam para ele. Maria Salomé é apontada como uma das santas mulheres que acompanhavam o Divino Mestre para O servir.
Como seus outros dois irmãos Simão e André, também pescadores, era discípulo de São João Batista, o Precursor. Deste haviam recebido o batismo, zelosos que eram, preparando-se para a vinda do Messias prometido.
Certa vez, estavam João e André com o Precursor, quando passou Jesus a alguma distância. O Batista exclama: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". No dia seguinte repetiu-se a mesma cena, e desta vez os dois discípulos seguiram Jesus e permaneceram com Ele aquele dia (Jo, 1, 35 a 39).
Algumas semanas depois estavam Simão e André lançando as redes às águas, quando passou Jesus e lhes disse: "Vinde após mim. Eu vos farei pescadores de homens". Mais adiante estavam Tiago e João numa barca, consertando as redes. "E chamou-os logo. E eles deixaram na barca seu pai Zebedeu, com os empregados, e O seguiram" (Mc 1, 16 a 20).
A partir de então passaram a acompanhar o Messias em sua missão pública. Logo se lhes juntaram outros, que perfariam o número de doze, completando assim o Colégio Apostólico.


Tradições, Contos e Estudos Históricos
Após a Dormição/Assunção da Mãe de Deus, o Santo Apóstolo João segundo a tradição e os estudos históricos partiu para diversas cidades da Ásia Menor para pregar o Evangelho, levando com ele seu discípulo Prócoro.
Quando estavam se dirigindo para Éfeso por mar, uma terrível tempestade afundou seu navio. Todos os viajantes conseguiram chegar em terra firme, exceto o Apóstolo, que afundara. Muito triste após a perda de seu guia e pai espiritual, Prócoro decidiu partir sozinho para Éfeso.
No décimo quarto dia de sua jornada pelo litoral, ele viu que o mar havia trazido um homem à praia. Ao se aproximar, Prócoro viu que se tratava do Apóstolo João, que fora mantido vivo pelo Senhor por catorze dias no mar.
Então, mestre e discípulo partiram para Éfeso, onde o Apóstolo pregou incessantemente para os pagãos. Durante sua pregação ele fez inúmeros milagres, convertendo mais e mais pessoas a cada dia.
Naquele tempo, porém, o imperador Nero (56 - 68 d.C.) iniciara a perseguição aos cristãos. São João foi levado à Roma para ser julgado. Por professar sua fé em Jesus Cristo, ele foi condenado à morte por envenenamento, mas o Senhor o salvou - após beber um cálice de veneno mortal, nada lhe aconteceu.
Ele também saiu ileso de um caldeirão de óleo fervente no qual ele fora jogado pelo torturador.
Após tudo isso, o Apóstolo foi exilado para a ilha de Patmos, onde viveu por muitos anos. Enquanto estava a caminho do local de exílio, São João fez vários milagres. Conta-se que preso em Patmos na época de Domiciano escrevia sua cartas duratne a grande perseguição escrevia carta para as Igrejas sofridas, perseguidas e torturadas escondido e anônimo no meio dos encarcerados.
Ao chegar na ilha, sua pregação e seus milagres atraíram os ilhéus, que foram convertidos pela luz da Boa Nova. Ele também expulsou os demônios dos templos pagãos e curou muitos enfermos.
Feiticeiros com poderes demoníacos se opuseram à pregação do Santo Apóstolo. Seu líder, um feiticeiro chamado Kinops, declarou que destruiria o Apóstolo. Mas o grande São João, pela graça de Deus, destruiu todos os ardis demoníacos de Kinops, e o arrogante feiticeiro se suicidou lançando-se ao mar.
Então, São João retirou-se com seu discípulo para uma colina desolada, jejuando por três dias. Durante uma de suas orações a terra tremeu e os céus trovejaram. Prócoro se atirou ao chão, assustado.

Cartas e Epístolas
O Apóstolo o ajudou a levantar-se, dizendo-lhe para escrever o que ele iria dizer. “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor Deus, aquele que é, aquele era, e aquele que vem, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 1:8), proclamou o Espírito de Deus através do Apóstolo João.
E assim, no ano de 67 d.C., foi escrito o Livro das Revelações, também conhecido como “Apocalipse” do Santo Apóstolo João, o Teólogo. Esse livro fala sobre uma período de tribulação da Igreja e do fim do mundo. Ele pode assim ser visto com uma realidade muito histórica, pois se referia em forma figurada o mistério transcendente que cercava o massacre por qual passavam, dando força e ânimo às Igrejas. Mas também um mistério muito maior que cerca toda a ralidade do fim do mundo e do mistério da Igreja rumo à Patria Celeste.
Após seu longo exílio, São João ganhou a liberdade após a morte de Domiciano e retornou a Éfeso, onde continuou seu trabalho, instruindo os cristãos a terem cuidado com falsos profetas e seus ensinamentos errôneos, trabalhos muito dirigidos às Igrejas que tanto formara. No ano de 95, o Apóstolo escreveu seu Evangelho em Éfeso, ao contrário dos outros três feitos décadas antes que serviam como forma querigmática, tinha um forte conteúdo catequético e mistagógico, poiss é apresenteado a cristãos já caminhados, como um aprofundadmento na sã doutrina. Uma parte final dele acrescetada depois enfatiza o primado de Pedro na Igreja a partir da experiência testemunhada claramente pelo Apóstolo. Primado que já sempre deixava claro no decorrer do Evangelho. Tal fato exclareceria aspecto de muita importância para uma época em que já todos os apóstolos deveriam ter morrido deixando apenas os bispos instituídos, e que o próprio papa da Igreja já deveria ser o segundo ou terceiro sucessor.
Ele ensinava aos cristãos para amarem ao Senhor e uns aos outros, cumprindo desse modo os mandamentos de Cristo. A Igreja chama São João de “Apóstolo do Amor”, porque ele dizia constantemente que o homem não pode se aproximar de Deus sem amor.
Em suas três Epístolas, São João fala da importância do amor a Deus e ao próximo. Agora mais do que qualquer outra epístola torna muito direta a importância do amai-vos uns aos outros, assim como no Evangelho enfatizou bem este tema, aqui também viria a a dissertá-los segundo a doutrina. Conta-se que as cartas foram feitas para comunidades que estavam sendo fortemente atcadas por heresias, e que cada carta encontrava a Igreja ali mais e mais desfacelada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário