Joana Francisca Fremyot de Chantal
Filha de Benigno Frémiot, presidente do parlamento de Borgonha e de Margarida de Berbizy, foi baptizada como Joana, tendo lhe sido acrescentado o de Francisca quando da cerimónia de confirmação.
Tendo recebido esmerada educação, recusou-se a desposar um fidalgo abastado uma vez que o mesmo era calvinista. Desposou o barão de Chantal, passando o casal a residir no Castelo de Bourbilly, onde fez celebrar missa diáriamente, com a presença de todos os domésticos. Ocupou-se da instrução religiosa dos mesmos, atendendo-lhes as suas necessidades materiais. Aos domingos e dias de festa, participava da missa paroquial.
Ficou viúva aos 28 anos de idade, com um filho e três filhas. A partir de então, fez voto de castidade, dedicando-se à prática da caridade. Retirou-se do mundo e passou a dividir o seu tempo entre a oração, o trabalho e a educação dos filhos. Em 1604, na casa de seu pai em Dijon, conheceu o bispo de Genebra, São Francisco de Sales. Identificando nele a pessoa para dirigi-la espiritualmente, ligou-se a ele por uma profunda amizade.
Com os filhos mais crescidos e amadurecidos, planejou ingressar na vida monástica. Para esse fim, o jovem barão de Chantal, com 15 anos de idade, foi entregue ao avô materno, que passou a cuidar de sua educação e de seus bens; a sua filha mais velha desposou o barão de Thorens; a filha do meio faleceu pouco depois; a filha mais nova desposou o conde de Toulonjon.
Em 1610, em Annecy, sob a orientação do bispo de Genebra, a baronesa fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria, juntamente com Jacqueline Fabre e a senhorita Brechard. A baronesa dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que fundou em Paris, no bairro de Santo Antônio, onde chegou a ser perseguida. Deixou o cargo de superiora da Ordem e voltou a Annecy.
Faleceu, após grande agonia, pronunciando o nome de Jesus. À data de sua morte, a Congregação já contava com 87 conventos e, no primeiro século de existência, com 6.500 religiosos. Foi canonizada em 1767 como Santa Joana de Chantal.Joana Francisca Fremyot de Chantal.
Filha de Benigno Frémiot, presidente do parlamento de Borgonha e de Margarida de Berbizy, foi baptizada como Joana, tendo lhe sido acrescentado o de Francisca quando da cerimónia de confirmação.
Tendo recebido esmerada educação, recusou-se a desposar um fidalgo abastado uma vez que o mesmo era calvinista. Desposou o barão de Chantal, passando o casal a residir no Castelo de Bourbilly, onde fez celebrar missa diáriamente, com a presença de todos os domésticos. Ocupou-se da instrução religiosa dos mesmos, atendendo-lhes as suas necessidades materiais. Aos domingos e dias de festa, participava da missa paroquial.
Ficou viúva aos 28 anos de idade, com um filho e três filhas. A partir de então, fez voto de castidade, dedicando-se à prática da caridade. Retirou-se do mundo e passou a dividir o seu tempo entre a oração, o trabalho e a educação dos filhos. Em 1604, na casa de seu pai em Dijon, conheceu o bispo de Genebra, São Francisco de Sales. Identificando nele a pessoa para dirigi-la espiritualmente, ligou-se a ele por uma profunda amizade.
Com os filhos mais crescidos e amadurecidos, planejou ingressar na vida monástica. Para esse fim, o jovem barão de Chantal, com 15 anos de idade, foi entregue ao avô materno, que passou a cuidar de sua educação e de seus bens; a sua filha mais velha desposou o barão de Thorens; a filha do meio faleceu pouco depois; a filha mais nova desposou o conde de Toulonjon.
Em 1610, em Annecy, sob a orientação do bispo de Genebra, a baronesa fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria, juntamente com Jacqueline Fabre e a senhorita Brechard. A baronesa dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que fundou em Paris, no bairro de Santo Antônio, onde chegou a ser perseguida. Deixou o cargo de superiora da Ordem e voltou a Annecy.
Faleceu, após grande agonia, pronunciando o nome de Jesus. À data de sua morte, a Congregação já contava com 87 conventos e, no primeiro século de existência, com 6.500 religiosos. Foi canonizada em 1767 como Santa Joana de Chantal.
Festa : 9 de dezembro
São João Eudes
Fundou a Congregação de Jesus e Maria, para formação doutrinal e espiritual de padres e seminaristas, cujos membros são conhecidos como padres eudistas. Fundou também uma congregação religiosa feminina, a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, com a missão de atender às prostitutas e crianças abandonadas. Esta congregação deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecida como as Irmãs do Bom Pastor. Foi declarado pelo Papa Pio X pai, doutor e apóstolo da doce devoção aos sacratíssimos corações de Jesus e de Maria.São João Eudes nasceu no norte da França, na Vila de Ri, próximo a Argentan. Cresceu em uma família profundamente religiosa. Fez seus primeiros estudos no Colégio Real de Dumont, pertencente aos jesuítas. Já na adolescência consagrou-se a Maria.
Aos 22 anos ingressou na Congregação do Oratório, sendo ordenado padre dois anos depois. Dedicou-se a pregar entre o povo nas regiões de Île-de-France, Bolonha-sobre-o-Mar, Bretanha e Normandia. Assistiu aos doentes e suas famílias durante a epidemia de peste em 1627 sem temor da doença. Temendo que seus companheiros de congregação fossem contaminados devido ao seu contato com os enfermos, não entrava em casa e dormia dentro de um barril.
Percebeu como urgente a reforma do clero. Em 1643, abandonou a Congregação do Oratório e fundou a Congregação de Jesus e Maria, para dar formação espiritual e doutrinal aos padres e seminaristas. Posteriormente fundou uma congregação religiosa feminina, a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio para atender mulheres e crianças em más condições de vida. No século XIX esta congregação originará a Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, das irmãs do Bom Pastor. Fundou ainda uma associação para leigos, para aprofundar a doutrina cristã.
Após uma longa vida dedicada à missão entre o povo, morreu em Caen, norte da França, em 1680.
Desde o tempo de sacerdote do Oratório, dedicou-se às missões populares, que foram ainda mais impulsionadas pelas congregações por ele fundadas: teriam sido 110 missões em toda a França.
Sua espiritualidade afetiva contrastou com o rigor doutrinário do jansenismo e da passividade do quietismo. O seu eixo espiritual era a misericórdia, expressa na caridade para com os mais abandonados. Além disto, desenvolveu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e Maria.
João Eudes foi um grande reformador da vida religiosa. Sua experiência no meio do povo o fez conhecer a penosa situação do clero e dos cristãos e a necessidade urgente de formação. Daí sua dedicação à fundação dos Institutos religiosos. Na sua concepção, a formação do clero era uma meio de difundir a misericórdia de Deus expressa em ações em favor dos mais necessitados.
João Eudes foi proclamado pelo Papa Pio X Pai, Doutor e Apóstolo do culto litúrgico do Sagrado Coração.
Foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1925.
A festa de São João Eudes é comemorada no dia da sua morte: 19 de agosto.
Santa Gertrudes

Filha dileta do Coração de Jesus
Tão ligada ao
sobrenatural, mais parecia um anjo do Céu que uma criatura terrena.
Viveu alheia às atrações mundanas e foi tida como “sustentáculo da
religião”
Plinio Maria Solimeo
Era priora desse mosteiro outra Gertrudes, de
Hackeborn. Muito piedosa e culta, esta priora, vendo a estupenda
inteligência de sua homônima, incentivou-a muito não apenas na
observância monástica, mas também nas atividades intelectuais que Santa
Lioba e suas freiras anglo-saxãs haviam transmitido às suas fundações na
Germânia.
A pequena Gertrudes encantava a todos. “Nessa
alma, Deus reuniu o brilho e o frescor das mais belas flores à candura
da inocência, de maneira que encantava todos os olhares como atraía
todos os corações”, diz sua biógrafa e contemporânea1.
A
educação de Gertrudes foi confiada à irmã da priora, Matilde, muito
adiantada na via mística e na santidade. Esta procurava incutir nas
almas de suas alunas o fogo do amor de Deus que devorava seu coração. E
encontrou em Gertrudes um campo propício para isso. Assim, “conservando
a pureza de coração durante os anos de sua infância e adolescência, e
entregando-se com ardor aos estudos e artes liberais, [Gertrudes] foi preservada pelo Pai das misericórdias de todas as frivolidades que, com frequência, arrastam a mocidade”2.
Na conversão, recebe os estigmas de Cristo
Após tais acontecimentos, que ela chama de “sua
conversão”, entregou-se com ardor ao estudo da teologia escolástica e
mística, da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo
Agostinho, São Gregório Magno, São Bernardo e Hugo de São Vítor.
Sua biógrafa, que era uma de suas ardentes condiscípulas, afirma também que Gertrudes “era
fortíssimo apoio da Religião, defensora tão zelosa da justiça e da
verdade, que seria possível aplicar-lhe o que se diz do sumo sacerdote
Simão no mesmo livro da Sabedoria: ‘Sustentou a casa durante sua vida’,
isto é, foi o sustentáculo da Religião; ‘e em seus dias fortificou o
templo’, no sentido de que, por seus exemplos e conselhos, fortificou o
templo espiritual da devoção e excitou nas almas um maior fervor”6.
Pureza, humildade, bondade, fidelidade, caridade
Santa Gertrudes procurava esclarecer-se sobre suas
visões, especialmente com Santa Matilde, que também era favorecida com
aparições de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sobre as duas, tendo uma alma
santa do mosteiro perguntado a Nosso Senhor “por que exaltava
Gertrudes acima de todas e parecia não reparar em Matilde, Ele
respondeu: ‘Eu faço grandes coisas nesta, mas as que faço e ainda farei
naquela são bem maiores’”. E explicou o porquê dessa predileção: “Um
amor todo gratuito me prende a ela, e é este mesmo amor que, por um dom
especial, dispôs e conserva agora em sua alma cinco virtudes, em que me
deleito: uma verdadeira pureza, pela influência contínua de minha
graça; uma verdadeira humildade, pela abundância de meus dons, pois,
quanto mais realizo grandes coisas nela, mais ela mergulha nas
profundidades de sua indignidade pelo conhecimento de sua fragilidade;
uma verdadeira bondade que a leva a desejar a salvação de todos os
homens; uma verdadeira fidelidade, pela qual todos os seus bens me são
oferecidos pela salvação do mundo; enfim, uma verdadeira caridade que a
faz amar-me com fervor, com todo seu coração, toda sua alma e todas suas
forças, e ao próximo como a si mesma por minha causa”8.
Devoção ao Sagrado Coração de Jesus
“Diz-se que Santa Gertrudes foi a santa da santa
humanidade de Cristo, assim como Santa Catarina de Gênova o foi da
divindade. Diz-se igualmente que Santa Gertrudes ensinou de maneira
admirável a teologia da Encarnação, que foi a teóloga do Sagrado
Coração, e que, se não foi escolhida para ser a apóstola do Sagrado
Coração, foi ao mesmo tempo a amante radiosa, a poetisa delicada e a
profetisa dessa devoção. Encarnação, misericórdia de Jesus e intimidade
confiante com Ele, Sagrado Coração, tal é, com efeito, o domínio de
Santa Gertrudes. A isso convém acrescentar a Eucaristia: poucos levaram
avante a comunhão freqüente tanto quanto ela, e com um sentido tão justo
das condições requeridas”9.
Algumas
das revelações de Nosso Senhor a Santa Gertrudes parecem preludiar as
que faria quatro séculos depois a Santa Margarida Maria Alacocque sobre
seu Sagrado Coração. Apresentou-lhe um dia, por exemplo, seu divino
Coração sob a forma de um turíbulo de ouro, do qual subiam ao Pai
Celeste tantas colunas de perfumado incenso quantas são as classes de
homens pelas quais Ele deu a vida.
Santa Gertrudes assim fala de graças recebidas desse divino Coração: “Além
desses favores, me admitistes ainda à incomparável familiaridade de
vossa ternura, oferecendo-me a arca nobilíssima de vossa divindade, quer
dizer, vosso Coração Sagrado, para que nele me deleite. Vós o destes a
mim gratuitamente ou o trocastes pelo meu, como prova ainda mais
evidente de vossa terna intimidade. Por esse Coração divino conheci
vossos secretos juízos. Por ele me destes tão numerosos e doces
testemunhos de vosso amor, que se não conhecesse vossa inefável
condescendência, eu ficaria surpreendida ao ver-vos prodigalizá-los até
mesmo à vossa amada Mãe, se bem que Ela seja a mais excelente criatura e
reine convosco no Céu”10.
Santa
Gertrudes havia escrito uma preparação para a morte, para proveito dos
fiéis. Consistia em um retiro de cinco dias, o primeiro dos quais
consagrado a considerar a última enfermidade; o segundo, a confissão; o
terceiro, a unção dos enfermos; o quarto, a comunhão; e o quinto a
dispor-se para a morte. Certamente ela se preparou desse modo para seu
falecimento. Segundo a tradição, este deu-se pelo ano 1302 ou 1303,
durante um de seus inumeráveis êxtases, provavelmente no dia 15 de
novembro.
Comemoramos sua festa dia 16 de novembro